jeudi 4 septembre 2014

Sobre “control c + control v“ e ciclos.



Já vivi e passei muita coisa nessa vida.Já dei muita importância pra o que, hoje, não vejo tanta e vice-versa. Já conheci muita gente interessante com as quais eu gostaria de ter feito amizade, mas não o fiz (por medo de não ser aceito, por medo do olhar dos outros). E conheci muita gente sem interesse algum, com as quais eu não tinha nada (e realmente nada) a ver, mas que fizeram (por “escolha” minha) parte da minha vida por um momento. 


Fiz muitas escolhas erradas e outras certas. E foi, justamente, a junção dessas escolhas que me tornaram o que sou hoje. Já tive muitos sonhos, muitos. Já perdi todos e me senti vazio. Vazio esse que me reconstruiu e me fez re-começar a sonhar, aos poucos, um sonho de cada vez, sem pressa.  

Eu era um daqueles garotos que gostava de conversar com todo mundo, agradar todo mundo, me sentir aceito por todos... Talvez porque eu procurava uma aceitação que eu mesmo não acreditava, afinal, eu mesmo não me aceitava, não me reconhecia. Eu era um tipo de “control c + control v” do que eu via do que a sociedade aceitava e normalmente, gostava. E eu tentava, tentava, conseguia. E retentava, retentava e mais uma vez conseguia. Mas não era eu. 

Aprendi, depois de muito, que os ciclos se fecham e que isso não é algo ruim. Já sofri com isso. Hoje sofro menos e aceito mais. Hoje sou mais “pé atrás” com as pessoas, muito difícil confiar em alguém. Coisa que há alguns anos era completamente o inverso. As belas palavras, os bons discursos, hoje, se não vierem acompanhados de atitudes, não me interessam e chega mesmo a ser engraçado quando isso acontece, parece até que uma vozinha grita aqui dentro: “humrum... sei” e um sorriso meio debochado, um tanto irônico, aparece na hora.  

Sobrevivi à mudanças interiores, e como é bom se redescobrir e descobrir que, para aqueles que gostam de você, você apenas aprendeu a ser quem você é, sem precisar da opinião dos outros e sem repetir o que a sociedade e os que estão ali, ao "teu lado", pedem que você seja. Alguns laços se fortificaram, outros enfraqueceram. Ciclos. E aos dois casos, eu digo: obrigado, pois nos dois casos, quem ganhou, fui eu.   

1 commentaire:

karla a dit…

Belo texto. :*