jeudi 24 avril 2008

digitais

"Me mata essa vontade de querer tomar você num gole só
Me dói essa lembrança das suas mãos em minhas costas
Sob o sol da manhã
Você já me dizia: conheço bem as suas expressões
Você já me sorria ao final de todas as minhas canções
Então por que?" [isabella tavianni]


me explica o que eu não entendo...
parece que as pessoas estão cada vez mais determinadas a ter obstáculos com relação a sentimentos. a ter muros, mistérios, mundos, alicerces, e nos olhos? escudos.
sei que já falei disso aqui, e não estou falando somente com relação a mim, estou relatando fatos externos... e esses fatos estão me dando medo. expressar sentimentos está cada dia mais demodè. ficar apaixonado? um assassinato a uma relação que até então "estava tão boa". e a complexidade, a velocidade com que as outras pessoas se co-relacionam e terminam? nossa... velocidade luz. é aquela velha história da memória de um peixinho dourado comparada a novas paixões. pra mim: banalização de sentimentos.

dia desses me disseram que eu sou muito, como dizer... ansioso? que faço muitos planos, que espero demais. mas sinceramente, será que eu - ou pessoas como eu - somos os errados?! acho que não hein!!! as pessoas é que estão cada vez mais lentas, cada vez mais individualistas e metódicas: primeiro isso, depois aquilo e só depois aquilo outro... tem que ser assim ou então, "adios, arrivederte, sayonara, good bye, hasta la vista, au revoir". que venha o próximo.

pois faço questão de ser diferente... de tomar tudo num gole só, e sempre esperar mais. de descobrir mundos, desvendar mistérios, derrubar muros. estar fora dos padrões do cotidiano e exagerar. gosto disso. sou isso. cansei de gente que tem medo, gente complicada... e pra intensificar, não estou falando somente de relacionamentos... estou falado de TUDO, casos, acasos, amigos, familia, pseudo-relacionamentos, relacionamentos. de sede de viver, de conhecer, de dar a cara a tapa. deixo o amanhã pra sentir saudade. pelo menos eu vou ter do que sentir saudade.

e quando falo em todo esse exagero, não quer dizer que o que vier pela frente vou estar à disposição... claro que existe uma qualidade nesse exagero e não uma quantidade. não me interessam quantidades. me interesso em ser. e pra ser, hoje em dia é necessário sentir. "Finge somente uma vez que tu é tu que é pra ver se tu descobre o que tu sente..." [trecho de a máquina]

tente... pelo menos uma vez, finja ser você... e veja o que você sente. e não sinta vergonha ou medo. a desigualdade não faz de ninguém certo ou errado, faz alguém ser único. e raridades, são sempre valorizadas.




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